Para entender melhor como embutir o imposto de ICMS (cálculo inverso) no CTe durante o processo de emissão, explicamos logo abaixo o que é o cálculo inverso e como ele é feito manualmente.

Mas não se preocupe, durante a emissão do CTe, o cálculo inverso é realizado automaticamente e você pode conferir aqui.

Normalmente, os tributos são calculados "por fora", o que significa que a alíquota é aplicada apenas sobre a base de cálculo, sem incluir o valor do próprio tributo. No entanto, no caso específico do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), a lógica é um pouco diferente.

No cálculo "por dentro", também conhecido como "cálculo inverso", a base de cálculo do ICMS inclui o próprio valor do tributo. Isso significa que o valor do imposto precisa ser somado ao valor da operação antes de aplicar a alíquota correspondente.

Em resumo, o ICMS é embutido ao preço da mercadoria, por isso o valor do imposto informado na nota fiscal não é adicionado ao valor total da operação posteriormente. Ele já faz parte do valor da mercadoria desde o início do cálculo.

Para incluir o tributo no valor do produto e formar a base de cálculo, basta aplicar a seguinte fórmula: preço da operação ÷ (1 – alíquota ICMS).

Exemplo com alíquota de 12% de ICMS e frete no valor de R$100,00:

Base de cálculo de ICMS: R$100,00 ÷ (1 – 12%)

Base de cálculo de ICMS R$ 100 ÷ 0,88 = R$113,63

Com esse valor em mãos, é hora de aplicar a alíquota de 12% sobre a base de cálculo com o ICMS incluído. Desse modo, o ICMS destacado na nota fiscal será de R$13,63 (R$113,63 x 12%).

Passo 1 - Ao chegar na aba Valores, durante o preenchimento do CTe:

Passo 2 - Ao marcar a opção Embutir imposto, note, no exemplo abaixo, que os valores dos campos de Componentes de frete e Impostos serão alterados com base no cálculo inverso de ICMS que o sistema faz.

Feito isso, no valor total do serviço de frete vai constar o imposto de ICMS repassado para o contratante do frete.